sexta-feira, 4 de março de 2016

Um Vídeo Assustador Sobre Michael Jackson Sendo Submetido ao Controle Mental Baseado no Trauma


"Torture" é um grande pesadelo misturado com um monte de simbolismo Illuminati de controle mental. Será que o vídeo simbolicamente revelaria a vida secreta dos Jacksons, particularmente do membro mais famoso da família, Michael?

A história dos Jacksons reflete tudo o que está de errado com a indústria da música: Jovens talentos sendo preparados em condições cruéis por manipuladores, depois colocados no holofote, a fim de sofrerem uma bruta queda mais tarde. Quando Michael Jackson tornou-se o maior astro do mundo, as coisas ficaram extremamente estranhas, de uma forma extremamente rápida. Em primeiro lugar, a aparência e a cor da pele de Michael mudaram drasticamente devido à enorme cirurgia reconstrutiva de escarificação óssea e clareamento de pele quimicamente induzido. Em seguida, todos os tipos de relatos de comportamento estranho - que culminaram com acusações de abuso sexual infantil - vieram à tona na mídia, definindo o resto da carreira de Michael. Depois de passar os últimos anos de sua vida falando contra os males da indústria, o "Rei do Pop" morreu no que agora é considerado um homicídio.

Embora eu esteja convencido de que havia uma infinidade de experiências estranhas realizadas sobre este artista ao longo de sua vida, Michael também mostrou sintomas de um "tratamento" típico da indústria: o controle mental baseado no trauma. O processo provavelmente começou em uma idade muito jovem, visto que Jackson teria sido severamente traumatizado pelo abuso físico e psicológico sofrido nas mãos de seu pai.

Quando Jackson saiu da custódia de seu pai para a custódia da indústria da música, as coisas pioraram. E se há algo que se pode aprender com os nossos artigos é que a elite oculta gosta de nos revelar, de uma forma distorcida, simbólica e enganosa, seu controle sobre os artistas, a indústria... e o mundo. Por isso, "Torture".

É Tortura

"Torture" do Michael Jackson foi lançado dois anos depois que o monumental álbum Thriller fez dele uma estrela internacional. Enquanto o resto dos Jacksons parecia agarrar-se ao talento de Michael para obter um pouco de sua fama e fortuna, "Torture" descreve o nojento sistema de controle mental Illuminati que se esconde por trás do glamour e do brilho da indústria.

Assistir a "Torture" é uma tortura. Combinando efeitos visuais de baixa qualidade com um monte de imagens irritantes e perturbadoras, o vídeo é tedioso e difícil de assistir. É como se pudéssemos sentir o fato de que as filmagens do vídeo foi uma tortura para todos os envolvidos - incluindo o diretor Jeff Stein:


Stein lembra a sessão como "uma experiência que fez jus ao título da canção", e esse sentimento é compartilhado por outras pessoas envolvidas na produção. Terminou mais tarde que o esperado e com o orçamento maior. No final, os próprios Jacksons haviam parado de comparecer. Stein diz que foi tão estressante que um dos membros de sua equipe perdeu o controle de suas funções corporais. "O lema da tripulação costumava ser Morte ou Vitória", diz ele. "Eu acho que foi a única vez que já rogamos pela a morte."


 - Craig Marks "I Want My MTV: The Uncensored Story of the Music Video Revolution"


Além disso, como se sentissem que havia algo intrinsecamente errado com este projeto, Jermaine Jackson se recusou a aparecer no vídeo e Michael saiu de cena, citando outros compromissos. O resultado de tudo isto: Um boneco de cera de Michael Jackson foi utilizado para o vídeo.

Eles usaram um manequim para substituir Michael Jackson nesta 
cena. SIM. Eles ainda colocaram um dos seus braços para cima e tudo. Isso 
tem que estar no top 5 dos momentos mais tristes da história da música.

Embora é dito que a música é sobre como os sentimentos de amor tornam-se "tortura" quando uma separação está se aproximando, o vídeo vai em uma direção decididamente MKULTRA. O vídeo é tudo sobre a tortura literal e o simbolismo associado com essas cenas apontam diretamente para o controle mental monarca (se você não sabe o que é isso, leia este artigo primeiro).

O vídeo começa com um Jackson em pé na frente de uma linha que o leva para
 um lugar estranho. Esta não é diferente da estrada de tijolos amarelos em O Mágico
 de Oz, que se diz ser o "caminho para a programação" por manipuladores monarca.

Por trás dos óculos, seus olhos explodem, o
 que implica a explosão iminente de sua mente.

A letra do primeiro verso descreve a situação de um escravo MK.


Foi em uma rua, tão mau
Tão mau que até mesmo o inferno o deserdou
Cada passo era um problema para o tolo
Que tropeçou nele
Olhos no escuro estavam observando
Senti aquele súbito arrepio de perigo
Algo me disse para continuar andando
Me disse que eu não deveria ter ido lá


Preso dentro de um mundo estranho e claustrofóbico, representando o mundo da mente de um escravos MK dissociado, os irmãos são submetidos a todos os tipos de trauma.

Que diabos é isso? Este rosto confuso é o tipo 
de imagens usadas para traumatizar e confundir 
os escravos MK sobre o seu próprio corpo.

Muito parecido com outros filmes MK dos anos 80, como O Mundo Fantástico de Oz e Labirinto, o vídeo mostra como um escravo dissociado percebe a realidade ao ser submetido a trauma.

O início da programação é representado pelo escravo entrando em um templo oculto.

O escravo está diante da entrada de um templo oculto, 
completo com dois pilares e um Olho Que Tudo Vê acima.

 Iniciação na Maçonaria é representado pela 
passagem através de dois pilares que estão
 sob o Olho Que Tudo Vê.

No entanto, os Jacksons não são iniciados em uma fraternidade. Em vez disso, eles são forçadamente introduzidos a um mundo de dor sob o Olho Que Tudo Vê de um manipulador sádico.

Dentro do templo, eles são atraídos mais longe por um "mágico" assustador, o que representa o manipulador.

O rosto do manipulador é assustadoramente desfigurado
 o que implica, possivelmente, que os manipuladores são
 eles próprios escravos traumatizados.

O escravo, em seguida, cai em um buraco e descobre quem realmente governa o mundo.

Observado por um "olho no céu" literal, o escravo 
MK é constantemente monitorado pelo seu manipulador.

Nada mais se parece com um escravo MK Illuminati como
 uma celebridade indefesa presa a uma parede de globos oculares.

 Tocar um globo ocular é aparentemente contagioso 
visto que um olho cresce bem em sua mão. Trauma.

Embora existam olhos em todos os lugares, os próprios irmãos 
estão cegos para o que realmente está acontecendo com eles. Nesta
 cena rápida, mas altamente preocupante, os irmãos removem
 suas máscaras para revelar que eles literalmente não têm olhos.

Dentro desse mundo de Olhos Que Tudo Vê, os irmãos encontram-se em todos os tipos de situações indutoras de trauma.

 Eletrocutado por uma parede elétrica representando
 a terapia de eletrochoque - uma técnica básica de
 indução de trauma do controle mental monarca.

Mais tarde, uma bela mulher o atrai mais longe no "templo" (programação).

 No topo de um obelisco curvado está, mais uma 
vez, um grande globo ocular que tudo vê.

 Enquanto ele tenta alcançar a mulher, coisas
 pontiagudas tentam esfaqueá-lo. O caminho para a
 programação está repleto de dor e tortura.

Logo antes que ele alcance a mulher, ela se
 transforma em um louco mascarado rindo histericamente.

O verso de Michael Jackson explica como um escravo fica atraído para um mundo de dor.


Ela subiu a escada para lugar nenhum
Um quarto que para sempre vou lembrar
Ela falou como se eu devesse conhecê-la
Diga-me, qual é a sua dor ou prazer?
Cada pequena coisa que você encontra aqui
É simplesmente pela emoção que você persegue
Solidão ou coração em chamas
Estou aqui para servir a todos os mestres


"Estou aqui para servir todos os mestres" é o tipo de coisa que um escravo MK está programado para pensar.

O escravo acaba em um nível ainda mais profundo de programação.

Ele encontra-se em um cenário que é feito sob medida 
para induzir trauma, com teias de aranha gigantes
 e esqueletos pendurados pelos braços.

 Lá, os Jacksons se transformam em esqueletos
 fazendo seus passos de dança famosos.

A programação transforma os Jacksons em esqueletos dançantes, animados pela "mágica" dos manipuladores. Isso é o showbiz para você.

Somos, então, tratados com um símbolo clássico de narrativas relacionadas com o MK: O escravos MK quebrando vidro (ou espelho) para representar a fratura de sua personalidade.

 Cada irmão sucessivamente quebra o vidro - suas personas são
 simbolicamente fragmentadas após dissociação e trauma intenso.

Depois da tortura e da programação, os irmãos estão prontos para voltar ao "mundo real" e ser escravos da indústria.

Após a programação estar concluída, um raio cai e reabre a
 porta para o mundo real. Nunca se esqueça que eles substituíram
 Michael Jackson com um manequim de cera, porque ele não
 queria aparecer no vídeo. SIM.

Embora eu tenho certeza que os produtores quiseram que o MJ real aparecesse no vídeo, ele ser substituído por um boneco é tragicamente apropriado, visto que Michael é o único que acabou nos níveis mais profundos de programação.

Conclusão 

"Torture" é uma daquelas produções que quase parecia estar amaldiçoada. A canção foi evitada pela crítica e a filmagem do vídeo foi uma experiência difícil e dolorosa, que foi boicotada por Michael e Jermaine Jackson. O vídeo até mesmo levou a empresa de produção ir à falência.

"Torture" foi, no entanto, um protótipo dos vídeos de música "modernos" cheios de imagens MK. Ele apresenta artistas retratados como escravos que são atraídos para um mundo assustador cheio de trauma e simbolismo Illuminati, dando aos espectadores a sensação de que eles estão assistindo a algo errado e ruim. "Torture" é sobre a elite oculta simbolicamente "revelando" o que realmente aconteceu com os Jacksons a portas fechadas... e foi literalmente uma tortura.


CRIAÇÃO: http://www.anovaordemmundial.com

quarta-feira, 2 de março de 2016

Por que sentimos o sabor doce?

Por que sentimos o sabor doce?

Image captionFrutas que parecem mais doces nem sempre contêm mais açúcar, diz pesquisa

Estamos habituados a pensar no açúcar como o “rei” da sensação de sabor doce. Se uma laranja é doce, é porque os açúcares contidos nela são percebidos pelos receptores desse tipo de gosto em nosso paladar. E a mesma regra deveria valer para qualquer outra fruta, de morangos a tomates.
Mas Linda Bartoshuk, psicóloga e cientista especializada em paladar da Universidade da Flórida, acredita que há uma explicação diferente. Ela e seus colegas descobriram que os produtos químicos responsáveis por uma grande parte da sensação doce das frutas são, na realidade, inalados e processados pelo olfato – e não sorvidos com a língua.
Trata-se de um fenômeno diferente do que acontece quando brincamos de tampar o nariz enquanto mastigamos uma jujuba – algo que nos impede de identificar seu sabor. (Se você nunca tiver feito essa experiência, vale a pena tentar: é uma maneira incrível de entender como o paladar não está relacionado apenas à boca).
A pesquisa recente de Bartoshuk e sua equipe, no entanto, não aborda as conotações complexas do sabor. Ela trata de compreender o sabor doce em si.

Revelações de um tomate


Image captionDescoberta sobre papel de compostos voláteis no paladar veio em pesquisa com tomates

Segundo a cientista, a ideia de que compostos voláteis emanados das frutas poderiam estar ligados ao sabor doce já vem sendo discutida desde os anos 1970. Mas os efeitos individuais de cada composto volátil são pequenos, assim como as quantidades de cada produto químico nas frutas.
Somente há alguns anos, enquanto ela e seus colegas trabalhavam em um estudo para tentar identificar exatamente quais moléculas são responsáveis pelo gosto dos tomates, ela encontrou algo surpreendente.
A equipe havia analisado a composição de 152 variedades mistas de tomate, registrando os níveis de glicose, frutose, ácidos e 28 compostos voláteis (substâncias que evaporam em condições normais de temperatura e pressão). Ao mesmo tempo, ao longo de três anos, eles organizaram degustações com voluntários para avaliar 66 destas variedades, classificando cada uma de acordo com sua doçura, sua acidez e outras características de sabor.
Bartoshuk ainda se lembra do momento em que ela estava sentada em seu escritório, com uma montanha de dados, e executou um teste, por curiosidade, para ver quais os compostos que mais contribuem para o gosto adocicado do tomate.
Ela esperava que a resposta seria açúcar, mas "quase caiu da cadeira", segundo conta: também contribuíam significativamente nada menos que sete substâncias voláteis.

Doce mistério


Image captionCompreensão do sabor pode levar à elaboração de alimentos com menos açúcar

A cientista entendeu ainda que os voláteis pareciam explicar por que os indivíduos que participaram das degustações classificaram algumas variedades de tomate como sendo mais doces do que outras que continham mais açúcar.
Por exemplo, a equipe testou uma variedade chamada Yellow Jelly Bean e outra de nome Matina. O tomate Jelly Bean contém 4,5 gramas de glicose e frutose em 100 mililitros de fruta, e ocupou o número 13 em uma escala para a sensação doce. O Matina possui pouco menos de 4 gramas de glicose, mas foi classificado com um gritante 25 no ranking.
A principal diferença bioquímica entre os dois é que o Matina tem pelo menos o dobro de cada um dos sete voláteis do Jelly Bean. Quando a equipe isolou esses voláteis de um tomate e os adicionou a uma mistura de água com açúcar, a percepção do sabor doce deu um salto.
Eles também investigaram blueberries e morangos, entre outras frutas. Morangos têm muito menos açúcar do que blueberries, mas são constantemente avaliados como bem mais doces. A equipe da Universidade da Flórida acredita que isso ocorre porque o morango tem até 30 voláteis a mais que a blueberry.
Eles descobriram que a adição de compostos voláteis do morango à água com açúcar impulsionou a percepção da doçura ainda mais do que os do tomate. A combinação dos voláteis de ambos dobrou essa sensação.
Não que o aroma dos morangos ou dos tomates estivessem pairando acima da água – não havia uma concentração suficiente deles para evaporar e chegar ao nariz. O que os cientistas sugerem é que quanto mais açúcar está presente, menos os voláteis contribuem para a percepção do sabor doce.
Mas os efeitos se tornam mais fortes quando há um número maior de voláteis envolvidos – até os compostos presentes em quantidades mínimas contribuem para o gosto.

Manipulação de alimentos

Os pesquisadores ainda estão investigando como e por que o cérebro processa essas informações. Sabe-se que os sinais vindos dos receptores olfativos ativados pelos componentes voláteis são enviados para a mesma parte do cérebro que regula o paladar, em vez de serem mandados para o local que controla as percepções vindas do nariz.
Embora não seja uma neurocientista, Bartoshuk sugere: “Quando no cérebro há voláteis atingindo as mesmas células que atuam no paladar, ele integra a mensagem. E parte dessa integração resulta em um realce da sensação, dependendo dos componentes e dos sabores envolvidos”.
Enquanto os pesquisadores continuam a investigar as causas desse estranho efeito, podemos começar a sonhar com as possibilidades que se abrem diante de nós: seria possível fazer uma limonada com menos açúcar se colocassem nela um coquetel de voláteis? Bartoshuk acredita que sim.
Outra consequência seria a manipulação dos voláteis para a produção de frutas mais doces, uma ideia com a qual a cientista também vem flertando.

Será que você realmente controla a sua mente?

Será que você realmente controla a sua mente?

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Image captionAtividade cerebral mostrou que a decisão já havia sido tomada antes de participantes estarem conscientes disso

Talvez seja o experimento mais famoso da neurociência: em 1983, o psicólogo Benjamin Libet, da Universidade da Califórnia, em San Francisco, causou polêmica com sua demonstração de que a noção de livre arbítrio pode ser uma ilusão.
No experimento, voluntários eram equipados com eletrodos na cabeça e deveriam escolher entre mover um dedo na mão direita ou um dedo na mão esquerda.
Os participantes eram instruídos a "deixar a vontade aparecer sozinha, sem planejar e sem se concentrar em quando agir". O exato momento em que faziam o movimento era anotado.
Com um ponteiro que dá uma volta completa a cada 2,56 segundos, o relógio usado no teste tinha sido projetado especialmente para permitir que os voluntários percebessem mudanças de menos de um segundo.
Libet pediu ainda que os voluntários reportassem o momento exato em que tomavam a decisão de se mexer.

Resultado surpreendente

Há décadas, fisiologistas já sabiam que uma fração de segundos antes dos movimentos, sinais elétricos no cérebro se modificam. Isso aconteceu também durante o experimento de Libet.

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Image captionVocê deve achar que está no controle de suas ações - mas seria isto apenas uma ilusão?

Mas o resultado surpreendente foi o fato de que o momento que os participantes relataram como sendo o da decisão ocorria depois destes impulsos cerebrais e antes do movimento em si.
Isso significa que a sensação de ter tomado uma decisão não correspondia ao que causava o movimento.
Os registros dos eletrodos mostraram que a decisão, de alguma forma, já tinha sido tomada antes de os participantes perceberem. Os sinais no cérebro já estavam mudando antes da experiência subjetiva de realizar a escolha.
Será que o cérebro dos participantes realmente já tinha decidido? Será que a sensação de escolha era apenas uma ilusão? As controvérsias geradas pelo experimento de Libet só ganharam volume desde então.

Somos confiáveis?

A experiência não é a única que tenta demonstrar relações entre o livre arbítrio e a neurociência.

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Image captionTemos dificuldades em descrever pensamentos e sentimentos, o que dificulta dizer quando tomamos uma decisão

Mas a sua simplicidade chamou a atenção de muitos que acreditam que a nossa existência como ser vivo limita a vontade própria, assim como aqueles que argumentam que o livre arbítrio sobrevive aos desafios da mente por estar firmemente baseado em nossos cérebros fisiologicamente.
Parte do apelo do experimento de Libet vem de duas suposições sobre a mente humana que acreditamos serem "fatos consumados".
A primeira é a ideia de que a mente é algo separado do corpo físico – um dualismo natural que nos leva a acreditar que a mente é um lugar puro e abstrato, livre de limitações biológicas.
A segunda suposição que temos – e que torna o estudo surpreendente – é a crença de que conhecemos nossas próprias mentes. Por causa disso, acreditamos que a nossa experiência subjetiva de tomar decisões é um relato preciso sobre como essas decisões são tomadas.
Mas a verdade é que não há motivos concretos para pensarmos que somos relatores confiáveis de todos os aspectos de nossas mentes. A psicologia, aliás, fornece vários exemplos de como erramos com frequência nesse aspecto.
A sensação de decisão no experimento de Libet pode ser uma ilusão completa. Talvez a verdadeira escolha seja feita pelo inconsciente. Ou talvez a percepção da escolha seja atrasada no cérebro em relação à decisão em si.

Questionamentos

Relatar erroneamente o timing de uma decisão não quer dizer que não estejamos intimamente envolvidos com ela.

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Image captionCientistas dizem que não há motivos para pensarmos que somos confiáveis para relatar o que acontece na nossa mentes

A cada ano surgem novos artigos e estudos comentando o experimento de Libet. O processo levou ao crescimento de todo um setor acadêmico que se dedica à neurociência do livre arbítrio.
Há muitas críticas e rejeições às primeiras ideias do psicólogo americano. Muitos questionam se o experimento é mesmo relevante para entendermos a liberdade de nossas escolhas cotidianas.
Até mesmo simpatizantes de Libet tiveram que admitir que a situação usada no experimento pode ser artificial demais para servir como modelo direto de uma verdadeira decisão corriqueira.
Mas o experimento continua a inspirar discussões e a provocar novos pensamentos sobre como a nossa liberdade está enraizada em nossos cérebros.
Isso, porque o estudo nos ajuda a confrontar as nossas intuições sobre o funcionamento da mente, e ver que as coisas são mais complexas do que imaginamos.

Seis dicas para manter o cérebro sempre jovem

Seis dicas para manter o cérebro sempre jovem

Image captionCérebro é estimulado por fatores como alimentação, exercícios e sociabilidade

Como qualquer boa máquina, o cérebro precisa de cuidados e atenção ao longo dos anos para garantir que ele continue funcionando bem.
Mas, no lugar de um manual de manutenção, tudo o que temos são conselhos normalmente contraditórios e confusos vindos da comunidade científica.

Não perca a fé em suas habilidades

Quem nunca experimentou a sensação de entrar em uma sala e logo em seguida perceber que esqueceu o que tinha ido fazer ali?
Temos a tendência a acreditar que a perda de memória é um problema decorrente do envelhecimento. Mas a verdade é que esses lapsos podem afetar jovens ou idosos com a mesma frequência e intensidade.
Por isso, não deveríamos nos apressar em assumir que tudo é culpa da idade, já que dúvidas podem ser uma espécie de auto-profecia.
Nos últimos dez anos, Dyana Touron, da Universidade da Carolina do Norte, descobriu que com a idade, temos a tendência de perder a confiança nas nossas habilidades mentais, mesmo quando elas estão funcionando perfeitamente.
O resultado é que acabamos dependentes de “muletas”, como o GPS do carro ou a agenda do celular.
Mas, ironicamente, ao não nos colocarmos diante de desafios, podemos acelerar nosso próprio declínio mental.
Portanto, se você se encontrar diante de uma porta não sabendo onde deveria estar, veja a situação como uma oportunidade para forçar um pouco mais a memória.

Proteja seus ouvidos


Image captionA perda auditiva tem grande impacto na massa cinzenta do cérebro

A mente sofre se for isolada dos cinco sentidos. E a perda auditiva parece detonar a perda da massa cinzenta do cérebro, provavelmente por colocar uma ênfase na atenção e por nos bloquear de estímulos úteis. Segundo um estudo americano, o problema aumenta em 24% o risco de atraso cognitivo durante um período de seis anos.
Qualquer que seja a sua idade, vale a pena ter consciência das situações que poderiam estar acelerando a deterioração da audição.
Escutar música em alto volume por apenas 15 segundos por dia já é suficiente para prejudicar os ouvidos. Até mesmo o uso de um secador de cabelos por 15 minutos diários pode danificar as minúsculas células que captam o som.
E se você acha que já está sofrendo de perda auditiva, procure um médico. Cortar o problema pela raiz pode conter o declínio.

Aprenda um novo idioma ou a tocar um instrumento

Em vez de dedicar vários minutos do dia a algum passatempo ou aplicativo que promete “treinar seu cérebro”, que tal tentar um exercício mental mais ambicioso, como aprender a tocar um instrumento ou falar uma nova língua?
Ambas as atividades requerem uma ampla gama de habilidades, exercitando a memória, a atenção, a percepção sensorial e o controle de motricidade enquanto você tenta executar uma nova canção ou pronunciar os sons estranhos de novas palavras.
Os benefícios tendem a durar até a idade avançada. Um estudo publicado no ano passado descobriu que músicos têm 60% menos chances de desenvolver demência do que as pessoas que não tocam instrumentos. Outra pesquisa mostrou que falar outro idioma pode atrasar em cinco anos o diagnóstico do mal de Alzheimer.
O aprendizado também ajuda um indivíduo a valorizar suas habilidades. E se você acha que trabalha demais e não tem tempo para isso, considere-se sortudo: um trabalho mais estimulante ajuda a conservar as faculdades mentais, apesar de os benefícios nem sempre durarem até a aposentadoria.

Modere na junk food

A obesidade pode prejudicar o cérebro de muitas maneiras. O acúmulo de colesterol nas artérias pode restringir o fluxo sanguíneo para o cérebro, deixando-o sem os nutrientes e o oxigênio que ele precisa para funcionar bem.
Além disso, os neurônios são bastante sensíveis ao hormônio insulina, produzido pelo pâncreas. Comer alimentos doces e calóricos com frequência pode embaralhar a liberação da insulina, dando início a uma reação em cadeia que leva à produção de placas letais que podem se acumular no cérebro.
A boa notícia é que certos nutrientes – como o ômega 3 e outros ácidos graxos, e as vitaminas D e B12 – parecem ter um efeito “limpante” e reduzem os prejuízos provocados pela idade no cérebro.
Isso pode explicar por que idosos que sempre mantiveram uma dieta tipicamente mediterrânea – à base de peixes, legumes, verduras e baixo teor de gordura – tendem a mostrar as mesmas habilidades cognitivas que pessoas sete anos mais novas.

Concentre-se no corpo


Image captionFazer exercícios estimula o crescimento das conexões entre neurônios

Gostamos de fazer uma distinção clara entre o corpo e a mente, mas, na realidade, estar em boa forma física é uma das melhores maneiras de manter o cérebro funcionando bem.
A atividade física não só estabelece um melhor fluxo sanguíneo para o cérebro, mas também libera uma grande quantidade de proteínas que ajudam a estimular o crescimento e a manutenção de conexões neurais.
Os benefícios são notados desde o berço: crianças que vão a pé para a escola costumam tirar melhores notas, enquanto idosos que fazem caminhadas regulares – mesmo que não sejam vigorosas – têm mais concentração e memória.

Não deixe de viver a vida

Se todas essas mudanças de rotina parecem algo difícil de adotar, saiba que uma das melhores maneiras de proteger o cérebro dos efeitos do tempo é socializar.
O ser humano é uma criatura social, e nossos amigos e parentes nos estimulam, nos desafiam a ter novas experiências e nos ajudam a descarregar o estresse e as mágoas.
Surpreendentemente, um estudo com voluntários com idades em torno de 70 anos mostrou que os mais ativos socialmente tinham 70% menos chances de experimentar um declínio cognitivo em um período de 12 anos, em comparação com aqueles com uma vida mais reclusa.
Da memória e da atenção à velocidade de processamento mental, tudo parece se beneficiar do contato regular com outras pessoas.
Ou seja, não há uma fórmula mágica única para treinar o cérebro. As pessoas que envelhecem melhor têm um estilo de vida que incorpora um pouco de tudo: uma alimentação variada, atividades estimulantes e um círculo de amigos queridos. Uma receita que também vale para quem quer ter uma vida feliz e saudável.