O avanço da doença somado ao medo de uma
epidemia maior que a do ebola têm levado as autoridades a fechar ainda mais o
cerco para combater o mosquito Aedes Aegypt.Enquanto uma vacina
contra o zika vírus ainda está em
produção, um teste rápido para identificar a moléstia já é realidade.
Autorização de testes ajuda no combate ao
zika
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) autorizou ontem a venda de três novostestes de laboratório para
identificação do zika. Enquanto um dos fabricantes informou que só terá
disponibilidade para uso dentro de 40 dias, o outro já dispõe dos produtos para
entrega imediata.
Segundo informações do Ministério da Saúde,
eles devem aumentar a capacidade de realização de exames, o que permite mais
agilidade na identificação da doença. O primeiro teste é igual ao modelo já
existente, o Proteína-C Reativa ou PCR, que verifica se há presença do material
genético do zika vírus no organismo.
Já os outros dois, o IgG e o IgM vão ajudar a detectar
anticorpos. Não precisa nem estar com os sintomas para que o resultado
saia. Inclusive, é possível diagnosticar se a pessoa já teve o vírus até
aproximadamente cinco anos antes. A estimativa é que cada exame custe entre R$
500 e R$ 700.
As ações fazem parte de um pacote de medidas
anunciadas pelo Ministério da Saúde para o combate ao surto da doença no país.
Em janeiro, a entidade anunciou a aquisição de 500 mil testes nacionais
para realização do diagnóstico das três doenças causadas pelo Aedes Aegypti.
As primeiras 50 mil unidades já estão em produção pela Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz).
A vacinha contra o zika já está em fase de
desenvolvimento. Foto: Shutterstock
Soro e vacina contra o zika estão em produção
Outra novidade animadora vem do Instituto
Butantan. A entidade já trabalha para o desenvolvimento do soro e da
vacina contra o zika.
A segunda já está em estágio mais avançado. Passos iniciais como isolar o
vírus, sequenciá-lo e observar o seu crescimento estão em andamento.
O soro, por sua vez, ainda está em fase de
estudos. Ainda assim, a expectativa é de que, em um futuro próximo, já possa
ser usado – especialmente em mulheres
grávidas. Para muitos especialistas, a produção e o
desenvolvimento do composto anti-zika deve ser mais rápido que a própria
vacina.
Mas você sabe qual é a diferença entre ambos?
Enquanto a vacina estimula o organismo a desenvolver
anticorpos contra o vírus, o soro tem a função de neutralizar a doença já
presente no organismo do infectado. Ou seja, ele mesmo já contém os anticorpos
para o combate.
Fonte: doutissima.com.br